11 cristãos são mortos por dia por sua fé em Jesus, segundo levantamento
11 cristãos são mortos por dia por sua fé em Jesus, segundo levantamento
De acordo com uma análise da Portas Abertas, a perseguição contra os cristãos está no índice mais alto da história.
A perseguição contra os cristãos está no índice mais alto da história moderna. De acordo com um levantamento da organização Portas Abertas, cerca de 11 cristãos são mortos diariamente por causa de sua fé, nos 50 principais países classificados na Lista Mundial de Perseguição em 2019.
Veja abaixo os 10 países mais perigosos do mundo para ser um cristão — lugares onde dizer “sim” para Jesus é uma decisão de vida ou morte:
Coreia do Norte
Por três gerações, o país concentrou-se em idolatrar a dinastia Kim. Havia esperança de que novos esforços diplomáticos em 2018 — incluindo as Olimpíadas de Inverno — pudessem provocar uma diminuição da violência contra os cristãos, mas nada mudou.
Relatórios indicam que as autoridades locais estão aumentando os incentivos para quem delatar um cristão. Quando um cristão é descoberto, ele não só é morto ou deportado para campos de trabalho forçados, mas sua família é condenada ao mesmo destino até a quarta geração.
Afeganistão
Um Estado muçulmano por constituição, o Afeganistão não permite nenhuma outra fé além do Islã. A conversão a outra religião é equivalente a uma traição à família, à comunidade e ao país. Muitas vezes, o destino dos cristãos convertidos é a morte ou até mesmo internação em clínicas psiquiátricas.
Além da pressão social, a situação dos cristãos está piorando devido ao influxo de terroristas estrangeiros que prometeram fidelidade ao Estado Islâmico. Além disso, os talibãs islâmicos radicais também aumentaram em força; pelo menos metade das 34 províncias do Afeganistão é governada ou contestada pelos talibãs.
Somália
Estimativas sugerem que 99% dos somalis são muçulmanos — dentro deste contexto, qualquer religião minoritária é altamente perseguida. A perseguição aos cristãos quase sempre envolve violência. Em muitas áreas rurais, grupos militantes islâmicos como o Al-Shabaab são governantes de facto que consideram cristãos ex-muçulmanos como alvos de alto valor. Nos últimos anos, militantes islâmicos intensificaram sua busca por pessoas que são cristãs e estão em posição de liderança.
Líbia
Após a queda do ex-ditador Muammar al-Gaddafi, a Líbia mergulhou no caos e na anarquia, o que permitiu que vários grupos militantes islâmicos controlassem partes do país. Os líbios convertidos ao cristianismo enfrentam abusos e violência, e os de origem muçulmana enfrentam uma pressão ainda maior. Poucos esquecerão o horripilante vídeo de trabalhadores egípcios martirizados por militantes do Estado Islâmico na costa da Líbia.
Paquistão
Sob as notórias leis de blasfêmia do Paquistão, os cristãos continuam a viver com medo diário de serem acusados do crime — o que pode levar a uma sentença de morte. O exemplo mais conhecido dessa lei é Asia Bibi que, depois de ficar no corredor da morte por mais de dez anos, foi absolvida das acusações de blasfêmia em outubro. No entanto, sua vida ainda está em perigo no país.
Os cristãos são considerados cidadãos de segunda classe. Estima-se que 700 meninas e mulheres raptadas a cada ano são estupradas e forçadas a se casarem com homens muçulmanos, geralmente resultando em conversões forçadas. Igrejas históricas tradicionais têm relativa liberdade para adoração, mas são fortemente monitoradas e têm se tornado alvo de ataques a bomba.
Sudão
O Sudão é governado como um Estado muçulmano pelo governo autoritário do presidente Omar al-Bashir desde 1989. Sob sua responsabilidade, o país oferece direitos limitados para as minorias religiosas e impõe pesadas restrições à liberdade de expressão ou imprensa.
O último ano tem sido difícil para os cristãos de várias maneiras. Além das prisões, muitas igrejas foram demolidas e outras estão em uma lista oficial aguardando demolição. Muitos cristãos são atacados em áreas de conflito e convertidos do Islã são alvos de perseguição.
Eritreia
Desde 1993, o presidente Isaias Afewerki tem supervisionado um regime autoritário que repousa sobre violações dos direitos humanos. As forças de segurança do governo têm invadido as casas dos cristãos e aprisionado centenas em condições desumanas, incluindo contêineres no calor escaldante.
Os protestantes, em particular, enfrentam sérios problemas no acesso aos recursos da comunidade, especialmente aos serviços sociais prestados pelo Estado. Evangélicos enfrentam uma perseguição ainda mais dura.
Iêmen
A guerra civil em curso no Iêmen resultou em uma das piores crises humanitárias da atualidade, tornando a situação dos cristãos ainda mais difícil. O caos da guerra permitiu que grupos radicais assumissem o controle de algumas regiões e aumentaram a perseguição aos cristãos. Mesmo o culto privado é arriscado em algumas partes do país.
Os cristãos têm acesso restrito aos suprimentos doados por mesquitas e organizações islâmicas em meio a crise humanitária. Os convertidos do islamismo enfrentam perseguição adicional da família e da sociedade.
Irã
Os cristãos iranianos são proibidos de compartilhar sua fé com não-cristãos. Os convertidos do Islã sofrem perseguição do governo; se eles frequentarem uma igreja doméstica subterrânea, eles sofrem constantes ameaças de prisão.
O governo enxerga os cristãos como uma tentativa dos países ocidentais de minar o regime islâmico do Irã. Em dezembro, a polícia iraniana prendeu 100 cristãos em apenas uma semana, fazendo uma declaração descarada para cristãos e muçulmanos. O Irã também é famoso por suas prisões e tratamento desumano de cristãos, como a prisão de Evin.
Índia
No segundo país mais populoso do mundo, os cristãos presenciaram uma perseguição sem precedentes em várias frentes do Estado e da sociedade hindu em geral. Desde que o Partido do Povo Indiano tomou o poder em 2014, extremistas hindus fomentaram a repressão às igrejas cristãs e atacaram os crentes com impunidade, acreditando que ser indiano é ser hindu.
É comum que os cristãos sejam isolados do abastecimento de água e tenham acesso negado a mantimentos subsidiados pelo governo. Na Índia, dizer “sim” a Jesus tornou-se uma decisão arriscada que custa muito ao cristão e sua família.