Hillary Clinton e Barack Obama se recusam a reconhecer perseguição aos cristãos
Ambos se pronunciaram sobre os ataques terroristas no Sri Lanka, mas preferiram se referir aos cristãos como “adoradores da Páscoa”.
Após a terrível série de ataques com bombas no último domingo de Páscoa (21), no Sri Lanka, que já contabiliza 310 mortos e mais de 500 feridos, representantes da ala democrata dos Estados Unidos decidiram se pronunciar sobre o fato, porém sem reconhecer as reais motivações e o alvo do massacre: a igreja perseguida.
Enquanto o termo “islamofobia” voltou a ficar em alta após o ataque contra uma mesquita na cidade de Christchurch (Nova Zelândia), no último mês de março, a grande mídia e também os representantes democratas se recusam a falar em “cristofobia”.
“Até agora, 290 mortos em atentados contra Igrejas Católicas no Sri Lanka. Até agora, ninguém na imprensa usou o termo ‘cristofobia’ para descrever os ataques efetuados na Páscoa”, comentou o redator da organização ‘Brasil Paralelo’, Guilherme Macalossi.
Ao comentar o massacre no Sri Lanka, tanto Hillary Clinton quanto o ex-presidente dos EUA, Barack Obama se recusaram a reconhecer que entre as principais vítimas dos atentados estavam cristãos. Ambos preferiram chamar essas pessoas de “adoradores da Páscoa”.
“Nesta semana santa para muitos tipos de fé, nós precisamos permanecer unidos contra o ódio e a violência. Estou orando por todos os afetados nestes terríveis ataques contra os adoradores da Páscoa e viajantes no Sri Lanka”, comentou Hillary Clinton no Twitter.
“Os ataques contra turistas e adoradores da Páscoa são ataques contra a humanidade. Em um dia devotado ao amor, redenção e renovo, nós oramos pelas vítimas e permanecemos com o povo do Sri Lanka”, escreveu Obama.
“Islamofobia”
As mesmas personalidades que omitiram o termo “cristãos” em suas declarações, trocando-o por “adoradores da Páscoa”, não hesitaram em lamentar a violência contra a “comunidade islâmica” após o ataque contra a mesquita de Christchurch, na Nova Zelândia.
“Meu coração se quebra pela Nova Zelândia e a comunidade muçulmana global. Nós precisamos continuar a lutar contra a perpetuação e normalização da islamofobia e racismo em todas as suas formas”, escreveu Clinton na época.
“Michelle e eu mandamos condolências ao povo da Nova Zelândia. Nos sentimos aflitos com vocês e toda a comunidade islâmica. Todos nós precisamos permanecer contra o ódio em todas as suas formas”, escreveu Obama na mesma época.
Segundo o colunista Rodrigo Constantino, essa disparidade nos comentários dos democratas norte-americanos se deve a uma visão na qual cristãos não podem ser considerados vítimas de coisa alguma.
“Obama, Clinton e os demais democratas esquerdistas não conseguem sequer falar cristão para definir vítima de atentado, pois cristão, em sua narrativa tosca, precisa ser sempre o culpado. Ao mesmo tempo, eles se recusam a apontar para islâmicos como responsáveis por qualquer coisa ruim, enquanto se apressam para enxerga-los como vítimas. É nisso que a esquerda se resumiu hoje: assessoria de imprensa dos radicais islâmicos!”, afirmou o articulista.