Marcha reúne ex-homossexuais que querem testemunhar liberdade encontrada no Evangelho
“Transformei-me pela graça de Jesus e descobri que outros também foram. Essas marchas são uma maneira de garantir que outras pessoas que tenham superado não se sintam isoladas e sozinhas”. Com essa explicação, o fundador da Freedom March, Jeffrey McCall, contextualizou a motivação do grupo para expor seu testemunho de liberdade após abandonarem a homossexualidade.
No próximo sábado, 25 de maio, um grupo de homens e mulheres que viveram e se identificaram como homossexuais irão se reunir em Washington, DC (EUA) para proclamar como o encontro de Jesus transformou suas vidas.
Essa é a segunda vez que a Freedom March (“marcha da liberdade”, em tradução do inglês) será realizada na capital dos Estados Unidos. De acordo com informações do portal The Christian Post, o grupo é formado por cristãos que deixaram para trás a prática ativa da homossexualidade e transgenerismo e estão testemunhando o poder do Espírito Santo que os libertou do pecado sexual e de feridas de todos os tipos.
“Há uma comunidade inteira de pessoas que fizeram essa transformação, e nós estamos aqui para apoiá-los”, afirmou McCall.
A marcha ocorrerá a partir das 13h no Sylvan Theatre, situado próximo ao Monumento a Washington, onde foi realizado no ano passado. Para McCall, o foco é criar meios de conectar as pessoas que deixaram a homossexualidade com a comunidade LGBTQ em cada cidade e equipar igrejas locais que estão procurando saber como ministrar a pessoas identificadas como LGBT.
McCall observou que a marcha funciona como uma plataforma para unir as pessoas e construir a comunidade, e permitir que aqueles que foram transformados por Jesus compartilhem suas histórias.
Luis Javier Ruiz, um dos sobreviventes do atentado terrorista na boate Pulse em Orlando, Flórida, em 2016, discursou na marcha do ano passado e fará isso novamente no próximo sábado. Ele tem trabalhado na organização de uma próxima Freedom March em breve na cidade de Orlando e enfatiza a centralidade de conhecer a Deus.
“Eu sempre disse que não é sobre [mudar de] gay para hetero. É de perdido para ser salvo”, observou Ruiz. “Através das Freedom Marches queremos espalhar mensagens de amor e aceitação por pessoas que perderam sua identidade LGBT e mostrar a outras pessoas que nós existimos. Essas marchas são nossa plataforma para educar, encorajar outras pessoas e compartilhar em uma comunidade. Tivemos uma ótima resposta de pessoas, outros grupos comunitários e igrejas”, acrescentou ele, que terá a companhia de outro sobrevivente da tragédia na boate Pulse, Ángel Colón.
O cantor Edward Byrd, que lidera os momentos de louvor na Freedom March. Ele afirmou que o maior mal-entendido sobre aqueles que deixaram a vida LGBT é que supostamente teriam se tornado pessoas que suprimem seus desejos sexuais: “Eles acham que não somos felizes, acham que não estamos satisfeitos quando, na verdade, estamos vivendo nossas melhores vidas. Não dizemos que é sempre fácil, mas a verdadeira alegria, paz e liberdade que temos não é nada que eu tenha conhecido antes”, disse Byrd.
Essa será a segunda edição da Freedom March em Washington, mas uma outra já foi realizada em Los Angeles meses atrás. Encontros similares estão programados para as cidades de St. Paul, Minnesota, em 23 de junho e em Orlando, em 14 de setembro.
A marcha acontece em meio a intensos debates em todo o país pois há grupos que vêm pedindo a proibição de aconselhamento para pessoas com atração indesejada pelo mesmo sexo e confusão de gênero, conhecidas pelos apelidos de “terapia de conversão”, além de acrescentar “identidade de gênero”. como uma categoria protegida na lei de direitos civis.
Toda a noção de “terapia de conversão” é enganosa, disse Byrd, “porque a maioria de nós nunca experimentou a terapia de conversão, nossas experiências foram encontros com o Espírito Santo que mudou nossas vidas”.
“Eu nunca tinha ouvido falar de terapia de conversão. Eu já vi referências a isso no passado, mas não cheguei ao conhecimento do que realmente era até recentemente. Nenhum de nós foi forçado a mudar ou colocado em um acampamento; foi uma decisão que tomamos para seguir Jesus e Seu amor”, finalizou.