O marxismo tenta destruir a família através da falta de paternidade, diz acadêmico
O acadêmico americano Pat Fagan explica como revoluções históricas tentaram desestruturar o conceito de família.
Os pais devem cuidar da educação sexual dos filhos e entender que “forças nefastas” estão trabalhando para desmantelar a família, adverte Pat Fagan, especialista em casamento e família.
Durante um debate direcionado a pastores norte-americanos, chamado Watchmen on the Wall, na última quinta-feira (23), Fagan observou que a estrutura familiar é comprovadamente benéfica para a sociedade.
“[Pesquisas indicam que] a família intacta que cultua a Deus semanalmente, produz pessoas melhores, adultos e crianças, sem exceção. E aqueles que negam, não conhecem os dados”, disse Fagan, que é diretor do Instituto de Pesquisa sobre Casamento e Religião, na Universidade Católica da América.
O acadêmico disse que duas revoluções tentaram devastar as famílias ao longo dos séculos: a Revolução Francesa e o Marxismo Cultural.
Fagan observa que o conceito bíblico de família se espalhou pela Europa junto com o cristianismo. “O casamento era para a vida toda, o divórcio não estava presente”, afirmou. “Isso veio com uma força tremenda. Mas agora, com distanciamento do casamento e a orientação das ciências sociais, podemos ver que seu significado se tornou mais fraco”.
O especialista aponta a Revolução Francesa, que era marcada pela oposição à Igreja Católica, como o começo do ataque moderno à instituição do casamento. Um dos acontecimentos mais marcantes foi em 10 de novembro de 1793, quando uma mulher foi colocada no altar da catedral de Notre-Dame, em Paris, e aclamada “deusa da razão” por revolucionários.
Nas décadas seguintes, Karl Marx e Friedrich Engels, com seus esforços socialistas, identificaram a família e a religião como os principais obstáculos do movimento. Em 1919, quando o revolucionário comunista Vladmir Lenin assumiu a Rússia, o casamento foi abolido e só voltou a ser instituído uma década depois devido ao caos social, observou o acadêmico.
Esse mesmo caos está sendo fomentado pela esquerda contemporânea, ressaltou Fagan.
Homem como alvo
Em 1923, os intelectuais marxistas da Alemanha criaram a Escola de Frankfurt, associada ao Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt. Fagan lembra que, de acordo com esta filosofia, uma das formas de derrotar a cultura ocidental seria através da família e do casamento.
Entre suas fileiras estavam marxistas feministas como Kate Millett e Shulamith Firestone, que buscavam promover a revolução cultural destruindo o “patriarcado americano”, para então, romper a estrutura familiar dos Estados Unidos.
“O homem é o alvo. O pai de família é o alvo. Leve o pai para fora e a família entra em colapso, a sociedade entra em colapso. Podemos ver isso acontecendo. Isso é intencional”, alerta Fagan.
“Como você desmorona o Ocidente de dentro para fora? Destrua o pai. Como você faz isso? Sexo enlouquecido. Nós, homens, somos loucos por isso. Cada um de nós nesta sala sabe disso”, disse ele à multidão. “É muito fácil ser tentado. É muito fácil cair”.
Em meio ao colapso da masculinidade e do flagelo dos lares sem paternidade, o acadêmico aponta os princípios da Bíblia como solução. “Jesus veio para nos salvar, mas também veio revelar o homem para si mesmo”, disse Fagan.
“O que precisamos agora são pais que assumirão a educação sexual e a formação de seus filhos, e terão que se encarregar disso em casa, porque tudo mais lá fora é tóxico, nas escolas e todo o resto. Então eles têm que dar um passo à frente. Precisamos de guerreiros”, incentivou.
Ele continuou dizendo que esses guerreiros são os pais que não permitem que seus filhos sejam corrompidos pelos sistemas escolares que tentam doutriná-los. “Diga isso para a diretoria da escola, diga isso o professor: ‘Ele é meu. Mantenha as mãos longe dele’”, enfatizou Fagan. “Preguem sobre isso”, pediu aos pastores na platéia.