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Comunismo: por não retirar a cruz do templo, pastor é agredido e preso na China

Comunismo: por não retirar a cruz do templo, pastor é agredido e preso na China
julho 03
22:04 2019

Uma das principais características dos regimes autoritários é a imposição ideológica através da força, e isso é feito geralmente de duas maneiras: pelas leis e pela violência. No caso da China, país controlado há décadas pelo regime do Partido Comunista Chinês, o uso da agressão tem sido comum contra os seguidores de Jesus Cristo.

A organização internacional Bitter Winter tem feito relatos constantes da perseguição religiosa aos cristãos na China. Um desses casos ocorreu na província de Anhui, a oitava mais populosa do país.

Obedecendo ordens do Partido Comunista, autoridades da China foram até uma igreja local se certificar que o símbolo de uma igreja cristã, a cruz, havia sido retirado do alto do templo, uma vez que ele estava “muito alto e muito visível”.

O pastor da congregação não atendeu a ordem de retirada da cruz. Por causa disso, autoridades da China comunista foram até o templo, derrubaram a cruz e também a placa que havia na frente do estabelecimento, que dizia “Igreja Cristã”.

Ainda segundo informações da Bitter Winter, em 18 de abril o pastor da igreja também teve a sua casa invadida por agentes do governo da China. Ele foi arrastado para fora da sua residência, espancado e depois levado preso para a delegacia, onde permaneceu por 10 dias.

Antes disso, porém, os agentes do governo foram até à igreja liderada pelo pastor, em 14 de abril, e interromperam o culto. O que eles queriam? Que o pastor parasse de pregar o Evangelho e cedesse espaço para que eles promovessem a ideologia comunista aos membros da congregação.

“Os crentes decidiram intervir, a situação se transformou em um tumulto acalorado entre os fiéis e os oficiais comunistas, que por sua vez, não tendo outros argumentos, ordenaram que os trabalhadores cortassem o fornecimento de eletricidade e chamaram a polícia para prender o pregador”, informou a Bitter Winter.

Finalmente, chama atenção o fato da igreja em questão ser considerada “legal” pelo governo da China, visto que ela pertence ao órgão responsável pelo registro das instituições religiosas no pais. Na prática, isso apenas demonstra a verdadeira intenção do regime comunista chinês, que é de controlar todos os aspectos da vida social, incluindo o religioso.