Marcelo Crivella estaria contra o impeachment de Dilma
PT pode apoiar senador na disputa pela prefeitura do RJ
Segundo o jornal O Globo, o ex-ministro da Pesca Marcelo Crivella estaria empenhado contra o impeachment. Amigo de Dilma e Lula, ele já anunciou no Senado que votará contra a saída da presidente.
Ainda segundo o periódico carioca, Crivella espera reverter seis votos do PRB na Câmara. Embora tenha anunciado que trocaria o PRB pelo PSB sua ida foi barrada por Romário, que é favor do impeachment e pretende sair candidato.
Nem na página oficial do senador, nem na seu perfil do Facebook há qualquer notícia oficial sobre sua posição neste momento confuso da política nacional.
Contudo, a Revista Fórum, aliada do governo, publicou hoje a informação de que durante o feriado de Páscoa, um dos articuladores políticos de Dilma mandou um recado ao PMDB do Rio. Os petistas poderão apoiar Crivella para a disputa da prefeitura este ano.
Caso o PMDB realmente rompa com o governo Dilma esta semana, o PT carioca romperia a aliança com Eduardo Paes, atual prefeito. A Fórum destaca que Crivella é “um senador conservador nos aspectos morais, mas decididamente avançado no debate da economia (votou com a esquerda, contra a entrega do Pré-Sal) e nas questões sociais, tem recebido grandes votações para cargos majoritários no Rio”.
Segundo a reportagem, esse apoio do PT a Crivella daria mais tempo de TV ao bispo licenciado da Universal. Em contrapartida, “ajudaria a colocar contra o impeachment a bancada de 24 deputados do PRB”.
Recentemente, o PRB rompeu com Dilma. Mesmo assim, o pastor da Universal George Hilton, que foi indicado ao cargo pelo PRB, continuou como Ministro dos Esportes. Ele preferiu ir para o Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
Alguns dias depois, houve uma reviravolta. O PRB teria negociado uma volta à base. Hilton acabou saindo do ministério. Poucos dias depois disso, o partido negou que retornou à base da presidente. Em nova mudança de discurso, não se diz pró-impeachment, mas afirma uma postura “independente” dos parlamentares do partido.
Ou seja, pode liberar seus deputados a votar como quiserem os deixando a merce da influência de Crivella.