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Pastor condena mobilização de igrejas para fazer “boca de urna” para políticos no domingo: “É crime”

Pastor condena mobilização de igrejas para fazer “boca de urna” para políticos no domingo: “É crime”
setembro 28
21:46 2016

No próximo domingo, milhões de brasileiros irão às urnas decidir o futuro das cidades, escolhendo prefeitos e vereadores, e algumas igrejas evangélicas estarão empenhadas em eleger seus candidatos, mesmo a custo de cometerem crime eleitoral através da boca de urna.

Diante desse cenário, o pastor e escritor Renato Vargens publicou um artigo com críticas severas contra a prática, acrescentando que em alguns casos, os pastores decidiram cancelar os cultos para que os fiéis se dediquem a ganhar votos próximos aos colégios eleitorais.

“Fiquei sabendo de algumas igrejas [que] cancelarão os seus cultos em virtude das eleições. Isto mesmo, os pastores destas igrejas deixarão de adorar a Deus porque optaram em fazer boca de urna para o seu candidato a vereador e prefeito”, revelou. “Sou obrigado a confessar que tal fato me escandaliza profundamente, até porque, acredito que nada, absolutamente nada, seja mais importante do que estar na casa de Deus em comunhão com Aquele que nos redimiu e salvou”, frisou.

Vargens chamou atenção para o fato de “que a ‘boca de urna’ é crime eleitoral: “Talvez você não saiba, mais a nomenclatura ‘boca-de-urna’ surgiu de um jargão popular e corresponde ao aliciamento de eleitores no sentido de ‘atrair a si, angariar, subornar, convidar, seduzir, provocar’ o voto do eleitor no dia do sufrágio popular”.

“A proibição deste aliciamento foi criada em 1986 pela Lei 7.493, de 17/06/86 e ficou sendo repetida em diversas leis eleitorais, com exceção, da que regeu o pleito de 1992. O delito está tipificado atualmente no art. 39§ 5º, I e II da Lei 9.504/97 e o art. 41, II da Res. 20.988/02(TSE). Estas normas determinam que boca-de-urna configura crime no dia da eleição, punível com detenção de seis meses a um ano”, destacou o pastor.

Por fim, exortou os cristãos a se posicionarem contra essa prática: “Nós como santos de Deus, temos o compromisso de cumprirmos as leis que regem este país, afinal de contas, devemos ser sal desta terra e luz deste mundo”.