O Partido Republicano Brasileiro (PRB) decidiu seguir a tendência das siglas nacionais e trocar de nome, adotando uma postura que rompe, ao menos parcialmente, com sua história. A exemplo do PTN, que passou a se chamar “Podemos” e do PSS que agora é “Cidadania”, o PRB passará a ser conhecido como “Republicanos”.
A legenda, surgida em 2005, que chegou a abrigar José Alencar, vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, no início da era PT, explica que não fará alianças com a esquerda e busca se posicionar como “opção” aos eleitores conservadores. O Republicanos será um partido de centro-direita.
Ligado à Igreja Universal e simpático ao governo de Jair Bolsonaro, o Republicanos já pensa em 2022. Seu desejo é consolidar um movimento independente do bolsonarismo, mas que mantenha a linha do “conservador nos costumes e liberal na economia”.
Sua estratégia visa aumentar o número de prefeitos e vereadores de forma significativa a partir da eleição de 2020 para apresentar um nome competitivo na próxima corrida presidencial.
“Não mudaremos só de nome. Mudaremos de postura. Estamos preparando o partido agora para os próximos 15 e 20 anos”, afirmou ao Estadão o deputado Marcos Pereira (SP), vice-presidente da Câmara. Bispo licenciado da Universal e ex-ministro do governo Michel Temer, é o presidente nacional do PRB desde 2011.
O PRB é um partido em ascensão. Elegeu 54 prefeitos e 780 em 2008. Já em 2016 saltou para 106 e 1.604, respectivamente. Com 31 deputados federais hoje é a oitava maior bancada da Casa, ultrapassando legendas tradicionais como o PSDB e o DEM.