Cristofobia é real, mas não ganha campanhas de autoridades, imprensa ou algo que o valha. Em 2018, de acordo com o serviço Portas Abertas, mais de 4.800 cristãos forma mortos pelo simples fato de professarem esta fé. A Nigéria ocupa o topo da perseguição, assim como a Coreia do Norte, o país comunista mais avesso à presença de cristãos.

Até Outubro de 2018, pelo menos 4305 cristãos tinham sido assassinados em todo o mundo devido às suas crenças, o que representa um aumento de 40% em comparação com os 3066 mortos registados nos primeiros 11 meses de 2017, indicou a Missão Portas Abertas francesa.

Cerca de 90% das mortes ocorreram na Nigéria (3731 mortes em solo nigeriano, contra 2000 em 2017). Neste país, “os cristãos enfrentam uma dupla ameaça”, observou a ONG, referindo-se ao grupo jihadista Boko Haram e aos pastores Fulani.

 

Um total de 245 milhões de cristãos – católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos, pentecostais, cristãos expatriados, convertidos – são perseguidos, ou “um em cada nove cristãos”, contra 1 em 12 no ano passado, acrescentou a organização.
Por “perseguição”, entende-se tanto a violência cometida como a opressão diária mais discreta.
Num ano, “o número de igrejas visadas (fechadas, atacadas, danificadas, incendiadas…) quase duplicou, passando de 793 para 1847”. “O número de cristãos detidos aumentou de 1905 para 3150″ no mesmo período, sublinhou a Portas Abertas.
Coreia do Norte está novamente no topo deste ranking anual, tal como nos anos anteriores, embora não seja possível saber o número de mortes neste país devido à falta de “dados fiáveis”.