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Ataques em série de extremistas islâmicos deixam dezenas de cristãos mortos no Congo

Ataques em série de extremistas islâmicos deixam dezenas de cristãos mortos no Congo
dezembro 12
22:30 2019

A comunidade de cristãos que vive na província de Kivu, do Norte da República Democrática do Congo (RDC), viveu dias de terror durante todo o mês de novembro, por causa de ataques em série promovidos por extremistas islâmicos que deixaram dezenas de mortos, além dos feridos.

Os ataques foram realizados pelo grupo extremista islâmico chamado “Forças Democráticas Aliadas”. Autoridades locais acreditam que a reação violenta que vitimou também mulheres, crianças e idosos, foi resultado da Operação Sukola, realizada pelo governo do Congo.

Um dos objetivos da operação foi justamente combater o avanço do radicalismo islâmico na região, responsável pela perseguição religiosa aos cristãos e pessoas consideradas opositoras aos ideais radicalizados das Forças Democráticas Aliadas.

Nos ataques de novembro, 84 pessoas foram mortas, sendo 47 delas cristãs. No total, foram dez investidas em dias diferentes e sem qualquer critério de violência. Crianças e mulheres também foram atacadas e mortas.

“A República Democrática do Congo tem vivido um tempo de revolução que já tirou a vida de soldados e civis de 9 nações. Os grupos rebeldes armados chamam esse episódio da história do país de ‘A Grande Guerra da África’ que se iniciou dentro do território congolês”, informou a Portas Abertas.

Gilbert Kambale, pastor e presidente da organização da sociedade civil da cidade de Beni, fez um clamor para que os cristãos orem pela que o Kivu do Norte fique livre do radicalismo islâmico. Ela acredita que é possível expulsar os radicais e recuperar o tempo de paz na região.

“Mesmo que a noite seja longa, o dia certamente amanhecerá”, observou o pastor Gilbert.

Infelizmente, além da perseguição por motivos religiosos, os cristãos também são vítimas dos conflitos políticos no Congo. Por ser um dos países mais ricos em minerais preciosos em toda a África, o território há anos enfrenta a violência de grupos que lutam pelo controle das suas terras.