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Comunidade evangélica cresce em Sergipe

Comunidade evangélica cresce em Sergipe
novembro 18
13:43 2014

Dados da Umese apontam presença forte da religião em Aracaju, Lagarto, Estância e Nossa Senhora do Socorro.

Com crescimento de cerca de 6% de fiéis nos últimos cinco anos, de acordo com dados da União dos Ministros Evangélicos do Estado de Sergipe (Umese), o estado apresenta uma significativa ascensão da comunidade evangélica, ainda que seja Aracaju considerada a segunda capital brasileira do catolicismo, diante do percentual de 70,89% de fiéis católicos, perdendo apenas para Teresina (79,13%), conforme pesquisa recentemente publicada pela revista Exame. Entre municípios que se destacam pela forte presença de evangélicos, nas suas mais diversas vertentes, estão Aracaju, Lagarto, Estância e Nossa Senhora do Socorro.

“Há cinco anos, tínhamos cerca de 10% de evangélicos. Hoje gira em torno de 16% a 18% de evangélicos, o que nos aponta um crescimento muito grande e que se deu por conta do trabalho das igrejas evangélicas de forma particular, cada uma em seu segmento, trabalhando com o público de forma geral, na juventude. O crescimento dos evangélicos está também relacionado à sede e à fome do povo em conhecer Deus. O povo está tendo essa vontade”, afirmou o presidente da Umese, pastor Jorge Abreu.

Ainda segundo ele, em dias de culto nas igrejas existem aquelas que recebem cerca de 100 fiéis, cuja metade se mantém frequentador e se converte. “Há aquelas também que contam com a presença de dois novos fiéis por noite. Talvez algum que assista uma vez e não retorne. Isso vai depender muito da estratégia utilizada por cada segmento e da própria identificação da pessoa com aquela vertente evangélica. Acreditamos que metade daqueles que visitam a nossa comunidade permanece nela e contribui para o nosso crescimento. O mundo está carente de Deus e agora depende das igrejas para orientar esse povo nos caminhos que deve andar”, explicou Jorge Abreu. dsc00490

Dissipando qualquer desarmonia com a forte presença católica em Aracaju, o presidente da Umese fala sobre o papel da religião na vida em sociedade e garante que não existe qualquer rivalidade com os seguidores e representantes da Igreja Apostólica Romana. “Não existe embate, temos uma convivência harmoniosa nas lutas sociais e familiares. Estamos juntos para defender os direitos e à família. Entre um e outro fiel ainda existe uma pequena rivalidade, mas não imposta pelo clero ou pelos pastores. E é forçoso frisar que o nosso foco não é alcançar a Igreja Católica, mas sim chegar ao descrente, conquistar aqueles que terão sede de conhecer determinado segmento melhor. Por isso, desenvolvemos diversas ações junto à juventude, ao pessoal da terceira idade, bem como trabalhamos com a questão da recuperação de casais”, apontou o presidente da Umese.

E é justamente na conquista maior de fiéis que Jorge Abreu destaca parcerias firmadas com entidades mundiais e projetos de evangelização que prometem chegar a municípios e povoados mais distantes. “Buscamos parcerias que contribuíram muito para nosso crescimento, a exemplo da Fundação do Evangelismo para a América Latina, que realiza cruzadas gratuitamente para as igrejas. Recentemente promovemos uma cruzada em Lagarto, onde cerca de 1.500 pessoas  reconheceram Jesus  Cristo como seu senhor Salvador, e agora essas pessoas estão trabalhando em suas igrejas no município de Lagarto e povoados. Em cidades como Poço Redondo, onde temos um número pequeno, por ser mas distante da capital, iremos iniciar em julho do próximo ano o trabalho com o caminhão da evangelização, com o qual iremos trabalhar em povoados menores durante seis meses. Com isso buscamos a evangelização de mais e mais pessoas para que possamos alcançar todo o estado”, disse Jorge Abreu.

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Desafios

No desafio de manter os fiéis e alcançar o maior número de adeptos, evangélicos e católicos compartilham do mesmo pensamento da necessidade de diálogo com a sociedade e a renovação constante das instituições para recepcionar aqueles que desejam ouvir, aprender, compreender e multiplicar a palavra de Deus.

Ao também destacar a convivência harmoniosa entre evangélicos e católicos, o diácono permanente José Passos Gomes Pontes, assessor eclesiástico da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Aracaju, aponta o consumismo como umas das questões a serem superadas por todas as religiões. “A pessoa tem o direito de escolha da sua religião, é o livre arbítrio religioso, então cabe a qualquer um definir o caminho a seguir. Ocorre que hoje nós temos uma sociedade muito preocupada em ter e não voltada para o ser. É o grande desafio do consumismo, da busca da religião apenas no imediatismo de algum momento ruim. E no que se refere aos evangélicos, o catolicismo não o vê como uma ameaça, pois acreditamos que Deus é quem salva, e cada religião com sua peculiaridade deve dialogar com a sociedade. E a Igreja Católica está inserida dentro da sociedade para contribuir com cada um no encontro consigo mesmo, com o próximo e com a sociedade”, declarou o diácono permanente.

Para o presidente da Umese, Jorge Abreu, as diferenças existentes entre os segmentos da própria comunidade evangélica e com os católicos não motivam desavenças e disputa entre as religiões, sendo o principal desafio a receptividade aos novos fiéis. “Diversas são vertentes dos evangélicos e existem pequenas diferenças. Por exemplo, alguns defendem que o batismo deve ser por imersão, outros por aspersão, enfim, são particularidades que cada um desenvolve e aplica, cabendo ao fiel definir em segmento permanecerá. O mesmo se dá com o catolicismo, com o qual temos diferenças. Na minha opinião, o catolicismo deve se renovar, pois se mantém muita na tradição romana, fazendo que muitos jovens, por exemplo, busquem outras fontes da palavra de Deus. E isso contribuiu muito para a ascensão do evangélicos, porém, já observamos transformações nas igrejas católicas. Dessa forma, hoje o maior desafio é a recepção das pessoas que, em sua maioria, chegam carentes, ofendidas na alma, que perderam um ente querido ou o casamento e que o pastor ajudará a curar as feridas”,  falou Jorge Abreu.

 

Por: JornaldaCidade.Net

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