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Acusado de estelionato, pastor Marco Feliciano deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal ainda este ano

Acusado de estelionato, pastor Marco Feliciano deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal ainda este ano
fevereiro 03
23:16 2014

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por estelionato ainda no primeiro semestre de 2014. O processo, movido por uma produtora de eventos do Rio Grande do Sul, corre na Justiça desde 2008.

 

O relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, ouviu os relatos do pastor num depoimento dado por ele em abril de 2013, e desde então, pede que o caso seja julgado pelo colegiado do STF, segundo informações do iG.

 

Em maio do ano passado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a absolvição do réu, afirmando que as investigações mostraram que o pastor era inocente das acusações: “Para a caracterização do crime de estelionato é necessário que o agente obtenha vantagem ilícita, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante meio fraudulento. […] Não se provou que o acusado pretendeu obter para si vantagem ilícita”, disse Gurgel à época.

 

Entenda o caso

 

Em 2008, o pastor havia recebido aproximadamente R$ 13 mil de adiantamento de uma produtora de eventos que o havia contratado para uma ministração em um culto, porém Feliciano não pôde comparecer por conflito de agenda.

 

Sentindo-se lesada, a produtora entrou com ação na Justiça pedindo ressarcimento dos valores e indenização por prejuízos em outras despesas referentes ao evento.

 

Em sua defesa, Feliciano alegou que o depósito dos valores fora realizado às vésperas da data agendada, o que causou desencontros, pois um evento substituto já havia sido agendado para a mesma data: “Dois dias antes de acontecer o evento em São Gabriel [RS], nos ligaram e disseram que haviam feito o depósito, só que já havia acontecido um descumprimento de agenda, um descumprimento comercial”, afirmou o pastor em depoimento ao STF em abril de 2013.

 

O pastor atribuiu os desencontros a um erro cometido por seus assessores à época: “Os eventos são agendados, eu tenho uma assessoria, naquela época era o senhor André Luiz de Oliveira [que também é réu no processo], que hoje também é pastor. Ele fazia a assessoria e os contatos. E, quando eu estava na cidade de Nova Friburgo [no dia 14 de março], foi que ele me disse que esse evento havia sido agendado, mas, por um descumprimento comercial, eu acabei não atendendo o evento. O evento, por causa dos muitos compromissos que eu tenho com televisão, com obra missionária, todos os eventos eram bem regradinhos, e as pessoas tinham dez dias anteriores ao evento para poder efetuar um depósito”, disse Feliciano, que alegou ter conversado a responsável pela produtora, Liane Pires Marques, para marcar uma nova data e ir ao evento, mas não houve acordo em relação às datas.

 

Em seu depoimento, o pastor ainda ressaltou que se dispôs a ressarcir os valores depositados em sua conta: “Quando eu fiquei sabendo do fato, que havia tido uma oportunidade de suprir, de acabar com o problema e os meus advogados não fizeram nada, imediatamente eu troquei os advogados, peguei um avião, fui até a cidade de São Gabriel, procurei os advogados da pessoa. Para minha felicidade descobri que eram evangélicos também, eram irmãos, e falei: ‘Eu quero aqui pagar o que eu devo, quero devolver, e quero devolver com juros e correção para que não fique nenhum tipo de celeuma’”, defendeu-se o pastor.

 

 

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