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Eleições 2014: confira o desempenho dos principais candidatos evangélicos

Eleições 2014: confira o desempenho dos principais candidatos evangélicos
outubro 07
07:58 2014

O desempenho dos candidatos evangélicos nas eleições deste ano ficou marcado por reeleições estrondosas, como a do pastor Marco Feliciano, e derrotas significativas, como as de Marcelo Aguiar e do ex-boxeador Popó.

O pastor Marco Feliciano (PSC) foi quarto candidato mais votado, com 398 mil votos, 186 mil votos a mais do que em 2010, quando recebeu 212 mil. Alvo de muitas críticas por parte dos ativistas gays, Feliciano conseguiu projeção nacional defendendo o direito de se manifestar contra a homossexualidade e as tentativas da militância LGBT de impor uma “mordaça” aos cristãos através do polêmico PLC 122

Em São Paulo, outros nomes de expressão no meio evangélico que se candidataram tiveram sucesso em suas tentativas de se manter como deputados federais.

O pastor Paulo Freire (PR), filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa, foi reeleito com mais de 111 mil votos. Outro pastor reeleito foi Roberto de Lucena (PV), da Igreja O Brasil Para Cristo, com pouco mais de 67 mil votos, assim como a jovem Bruna Furlan (PSDB), ligada à Congregação Crista no Brasil, que teve 178 mil votos, mais de 70 mil a menos do que em 2010, quando teve em torno de 250 mil. Já o missionário José Olímpio (PP), apoiado pelo apóstolo Valdemiro Santiago, foi reeleito com mais de 154 mil votos.

O assembleiano Gilberto Nascimento (PSC) teve 120 mil votos, e volta a ocupar um cargo na Câmara dos Deputados após seis anos. Uma aposta do PSC para conquistar votos era o cirurgião plástico doutor Robert Rey, conhecido como Dr. Hollywood. Ele recebeu 21,3 mil votos e não foi eleito.

No Rio de Janeiro, os candidatos evangélicos Clarissa Garotinho (PR), Eduardo Cunha (PMDB), Arolde de Oliveira (PSD), Benedita da Silva (PT), Marcos Soares (PR), apóstolo Ezequiel Teixeira (SD) foram eleitos para ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados nos próximos quatro anos.

O deputado federal João Campos (PSDB-GO), foi reeleito para mais um mandato na Câmara dos Deputados. Campos ficou conhecido por ser o autor do projeto de lei que pretendia derrubar um artigo do Código de Ética do Conselho Federal de Psicologia que proíbe os profissionais da área de prestarem atendimento a homossexuais que os procurem pedindo orientação para abandonar a prática. O projeto foi apelidado de “cura gay” pela mídia, e arquivado posteriormente.

O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), que optou por não concorrer à reeleição e tentar um mandato à frente do governo do Rio de Janeiro, liderou boa parte das pesquisas no estado, mas na reta final, perdeu espaço e acabou fora do segundo turno das eleições, cedendo lugar ao atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e ao bispo Marcelo Crivella (PRB), senador licenciado.

A filha de Garotinho, Clarissa, conquistou 335 mil votos e ficou atrás apenas do polêmico Jair Bolsonaro (PP), aliado da bancada evangélica e detentor de 464 mil votos. Bolsonaro terá a companhia do filho, Eduardo, na Câmara dos Deputados, pois ele foi eleito para seu primeiro mandato como deputado federal por São Paulo, com mais de 82 mil votos.

Outro integrante da bancada evangélica que não foi reeleito é o cantor Marcelo Aguiar (DEM), pastor da Igreja Renascer que teve 65 mil votos mas não alcançou um índice suficiente para voltar à Câmara. A psicóloga cristã Marisa Lobo (PSC-PR) obteve 14,9 mil votos e não conseguiu ser eleita deputada federal por seu estado.

No Distrito Federal (DF), o advogado e pregador assembleiano Matheus Sathler (PSDB), autor da proposta de criação do “kit macho” como forma forma de “prevenir o homossexualismo”, não foi eleito deputado federal. Sathler obteve apenas 1.415 votos, ficando na 66ª posição. O parlamentar eleito com a menor votação no DF foi Laerte Bessa (PR), com 32,8 mil votos.

Marina Silva

A candidata do PSB à presidência novamente ficou em terceiro lugar nas eleições, quebrando seu próprio recorde de votos obtido em 2010, quando havia sido a terceira colocada mais bem votada da história do país. Desta vez, Marina obteve 22,1 milhões de votos (21,3% do total de votos válidos), superando os 19,6 milhões de votos recebidos há quatro anos.

Marina assumiu a cabeça de chapa da coligação Unidos Pelo Brasil após a morte de Eduardo Campos, no dia 13 de agosto. Como era candidata a vice, a indicação de Marina pelo PSB foi vista como natural pelos analistas políticos, levando em consideração seu histórico político e seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto no primeiro semestre deste ano.

Após a indicação, Marina subiu nas pesquisas e chegou a obter, numa simulação de segundo turno, 10 pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT), marcando 50% das intenções de voto, contra 40% da presidente que tenta a reeleição. Com pouco tempo de TV e alvo de um “marketing selvagem” do PT contra sua candidatura, Marina aos poucos foi caindo nas intenções de voto e terminou fora do segundo turno, cedendo lugar a Aécio Neves.

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