Evangélico, técnico do Vasco manda retirar imagem de Senhora Aparecida do clube, diz jornal
O técnico Jorginho, evangélico, assumiu o Clube de Regatas Vasco da Gama na última colocação da tabela no Campeonato Brasileiro, e disputando uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil. E para corrigir os rumos do time em campo, teria tomado uma decisão que impactou fora das quatro linhas.
O novo treinador do gigante da colina, como é conhecido o Vasco, resolveu dar um sumiço em uma imagem da Senhora Aparecida da sala de imprensa na sede do clube, de acordo com informações do jornal O Globo.
A presença da estátua é facilmente explicada pela origem do Vasco, que traz no nome navegador e explorador português e mantém estreita relação com a colônia portuguesa no Rio de Janeiro. Assim como em Portugal, a maioria dos imigrantes de lá segue a tradição católica.
ATUALIZAÇÃO
Jorginho publicou uma nota através da assessoria de imprensa do clube negando que tivesse mandado retirar a imagem da santa católica: “Jorginho, técnico do Vasco, desmente com veemência o que foi noticiado, nesta quarta-feira (26/08), numa coluna de um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro. O treinador não mandou retirar da sala de imprensa do clube a imagem de Nossa Senhora, que continua e continuará onde sempre esteve. Jorginho lamenta profundamente o fato e deixa claro respeitar as tradições do clube e a crença religiosa de cada um”.
Religião
Essa situação fez uma iniciativa polêmica de Jorginho voltar à tona. Em 2006, quando ele treinava o América, também do Rio de Janeiro, tomou a decisão de pedir à direção do time que trocasse o mascote. O clube tem uma caricatura de um diabo como símbolo extraoficial, popular.
Porém, a ideia do treinador não foi adiante. Sua ideia era trocar o “diabinho” do América por uma águia, mas a ideia foi amplamente rejeitada. Mais à frente, o treinador deixou o clube.
Em sua passagem pela Seleção Brasileira como auxiliar do técnico Dunga, na campanha para a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, também foi marcada por polêmicas envolvendo a religião. Muitos jornalistas criticavam o excesso do auxiliar e dos jogadores evangélicos que se reuniam nas concentrações e organizavam cultos, às vezes, prejudicando o ambiente profissional e causando divisões entre os atletas evangélicos e os não-evangélicos.