“Oportunidade de Deus”, diz Bruno sobre voltar a jogar
Goleiro foi apresentado Boa Esporte menos de um mês após deixar a prisão.
Após ser condenado em 1ª instância a 22 anos e três meses de prisão, e agora aguardando processo em liberdade, Bruno oficializou nesta terça-feira (14) sua contratação com o Boa Esporte, time de Minas Gerais.
Em coletiva para imprensa, Bruno acredita que a nova oportunidade é uma intervenção dos céus. “Acho que é Deus. Deus que está abrindo portas novamente. É uma coisa divina”, explicou.
Alegre, o jogador agradeceu a oportunidade dada pelo clube menos de um mês após deixar a prisão e comentou sobre Deus quando questionado sobre a contratação oferecida pelo Boa. “Estou muito feliz pela oportunidade dada. As pessoas cobram das outras o passado, mas o Boa está abrindo as portas para mim. É uma oportunidade única e estou motivado”.
Conforme o UOL, durante as perguntas Bruno disse que sofrerá críticas e cobranças, mas está preparado para enfrentar todas elas. O goleiro ainda enalteceu o apoio que recebeu de familiares e de amigos durante o período em que esteve preso.
Sua última partida profissional aconteceu em junho de 2010, quando jogava pelo Flamengo.
“Pessoas, como minha esposa, não aceitavam de forma alguma que eu encerrasse a carreira. Ela foi quem mais me motivou. Através de muita oração foi possível. E agradeço à minha esposa por ter paciência. E também às pessoas que também estiveram lá dando palavras de incentivo. Eu vou recomeçar”, relatou.
O goleiro se motiva colocando sua espiritualidade como guia. “Deus vai guiar meus passos. Enfim, tenho de acreditar em mim mesmo”, disse.
O presidente do clube, Rone Moraes, estima que o goleiro deve fazer seu primeiro jogo em até 40 dias.
O caso
Em 2010 Bruno Fernandes, na época titular no Flamengo, foi acusado de mandar matar sua ex-amante, Eliza Samúdio, para não pagar a pensão alimentícia do filho.
Além do goleiro a polícia incriminou alguns amigos que teriam ajudado Bruno na vingança contra a moça, entre eles Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é ex-policial militar e trabalhava na segurança do atleta; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo e braço-direito do goleiro também está sendo julgado, pois ele teria sido o responsável pelo sequestro da paranaense; Dayanne Rodrigues, na época era esposa de Bruno e teria mantido Eliza em cárcere privado e tentado esconder o bebê após a morte da mãe; Fernanda Gomes de Castro seria uma namorada de Bruno na época que foi usada para levar Eliza do Rio de Janeiro para Minas Gerais onde o crime teria acontecido.