Bolsonaro cita “Deus” em discurso no Fórum Econômico Mundial, na Suíça
O evento reúne líderes mundiais que apresentam seus projetos de governo e administração com vistas a atrair confiança e investimentos.
Jair Bolsonaro fez sua estreia no cenário internacional como presidente do Brasil em Davos, na Suíça, onde acontece o Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla em inglês). O encontro anual reúne líderes mundiais que apresentam seus planos para o desenvolvimento econômico, com foco no globalismo e em ações, como meio ambiente, educação e política internacional.
O discurso de Bolsonaro abriu a sessão plenária em Davos nesta terça-feira (22) e durou cerca de 6 minutos. Oitava economia do mundo, o Brasil desperta o interesse da comunidade internacional, especialmente com relação a investimentos e ao meio ambiente.
Além de economia, tema principal do encontro, o presidente abordou questões ligadas ao comércio exterior e turismo, não deixando de citar o lema de seu governo: “Deus acima de tudo”.
O presidente disse que sua ida a Davos é a “grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo”.
Bolsonaro disse ainda que assumiu o Brasil em uma “profunda crise ética, moral e econômica”, mas que seu governa goza “de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós”.
Bolsonaro fala na sessão plenária do Fórum Econômico Mundial, em Davos. (Foto: Arnd Wiegmann/Reuters)
Principais pontos do discurso:
– Corrupção: “[Faremos] combate à corrupção e à lavagem de dinheiro”.
– Turismo: “Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais”.
– Agricultura: “se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural”.
– Meio ambiente: “Missão é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico”.
– Desenvolvimento econômico: “Vamos abrir a economia, diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos”.
– Relações comerciais: “O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional [vamos] mudar essa condição”.
– Relações internacionais: “Vamos implementar uma política na qual o viés ideológico deixará de existir”.
Bolsonaro disse ainda que “estamos de braços abertos. Quero mais que um Brasil grande, quero um mundo de paz, liberdade e democracia”.
No final o presidente disse que “tendo como lema ‘Deus acima de tudo’, acredito que nossas relações trarão infindáveis progressos para todos”.
Na comitiva brasileira a Davos estão os ministros da Economia, Paulo Guedes; da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro; e o chanceler Ernesto Araújo, além do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do governador de São Paulo, João Doria.
Com sede em Genebra, o Fórum Econômico Mundial é uma fundação sem fins lucrativos criada por Klaus Schwab, em 1971, para discutir práticas de gestão global.
O Fórum Econômico Mundial deste ano acontece de 22 a 25 de janeiro.