Crianças não nascem transgêneros, conclui Associação Americana de Psicologia
A organização destacou que crianças não devem ser estimuladas a passar por uma transição de sexo / gênero.
Pessoas que buscam uma “identidade transgênero” não nascem assim e as crianças não devem ser encorajadas a “fazer a transição” para o sexo oposto, de acordo com um trabalho de referência endossado pela Associação Americana de Psicologia (APA), que se descreve como “a maior organização científica e profissional que representa a psicologia nos Estados Unidos e a maior associação de psicólogos no mundo”.
No entanto, todos os dias pais ouvem de terapeutas, depois de uma consulta ou duas, a recomendação clara de que “devem permitir que seu filho(a) mude o nome e os pronomes pessoais, leve uma vida como como se fosse do sexo oposto e se submeta a intervenções médicas irreversíveis para concluir essa transição”.
Laura Haynes, psicóloga licenciada na Califórnia, recentemente revisou o Manual de Sexualidade e Psicologia da APA e destacou suas descobertas de pesquisas sobre crianças transexuais.
Entre esses resultados, citados na página 744 do Volume 1 do Manual, estão os seguintes:
– “Em não mais do que uma em cada quatro crianças, a disforia de gênero persiste desde a infância até a adolescência ou vida adulta”, com a maioria dos meninos afetados se identificando como gays, não transgêneros e até a metade das meninas afetadas se identificando como lésbicas, não transgêneros.
– “A transição social precoce (isto é, a mudança do papel de gênero, como registrar um menino na escola já como menina) deve ser abordada com cautela para evitar a exclusão desse estágio de desenvolvimento da identidade de gênero.”
– “A transição social precoce pode parecer necessária para alguns; no entanto, o estresse associado à possível reversão dessa decisão tem se mostrado substancial ”.
Mentiras e distorções
O ex-transgênero, escritor e colunista do jornal americano ‘Daily Signal’, Walt Heyer destacou que apesar dessas verdades expostas recentemente pela psicóloga Laura Haynes, a sociedade tem sido enganada por distorções sobre o assunto.
“Fomos enganados por afirmações distorcidas em contrário dos defensores da mudança de sexo, que insistem que a ciência está resolvida”, afirmou. “Eles dizem que ‘as pessoas que se identificam como sendo do sexo oposto nunca mudam de ideia, a identidade entre sexos é fixa e quanto mais cedo a criança, adolescente ou adulto for afirmado como o sexo oposto e fizer a transição, melhor ele ou ela estarão”.
“De fato, no entanto, a Associação Americana de Psicologia’ e o peso da evidência histórica desafiam essa afirmação das identidades entre sexos”, acrescentou.
Walt conta que se submeteu à sua mudança de sexo em abril de 1963, mas não tinha ideia de que um dia poderia mudar sua opinião sobre sobre o rumo que sua própria vida tomaria, nem que as evidências contra a ideologia de gênero já começariam a vazar em 1979.
“Quatro anos antes eu fui mutilado”, conta o escritor que nasceu como sendo do sexo masculino, mas decidiu ‘se tornar uma mulher’ e passou pela cirurgia de transição definitiva.
A verdade emergente
Em 1979, um endocrinologista, Dr. Charles L. Ihlenfeld, fez um alerta sobre o uso de hormônios e cirurgias na população transgênero em comentários a um grupo de médicos. Ihlenfeld havia administrado terapia hormonal por seis anos a um grande grupo de 500 adultos trans-identificados que se voluntariaram.
Ihlenfeld, que é gay, disse aos médicos que “80% das pessoas que querem mudar de sexo não devem fazê-lo”. O desejo de mudar o sexo, segundo ele, “provavelmente se deve a fatores psicológicos poderosos – provavelmente a partir das experiências. dos primeiros 18 meses de vida. ”
Os comentários de Ihlenfeld, há 40 anos, prenunciavam as evidências fornecidas no Manual da APA, onde a página 743 do Volume 1 diz que se identificar como sendo do sexo oposto é “muito provavelmente o resultado de uma interação complexa entre fatores biológicos e ambientais”.
“A pesquisa sobre a influência da dinâmica da família de origem”, acrescentou, “encontrou algum apoio para a ansiedade de separação entre meninos não-conformes ao gênero e psicopatologia entre as mães.”
Ihlenfeld e a APA, gerações separadas no tempo, chegaram a uma conclusão semelhante: o desejo de mudar de sexo provavelmente decorre de experiências da vida pregressa e de fatores psicológicos.
Quanto ao conhecimento e eficácia do uso de hormônios sexuais e cirurgia de mudança de sexo para tratar a disforia de gênero, a evidência não existe.
No Reino Unido, a Faculdade de Inteligência em Pesquisa Agressiva da Universidade de Birmingham realizou uma revisão em 2004 de 100 estudos médicos internacionais de “transexuais pós-operatórios”, mas não encontrou evidências conclusivas de que operações de mudança de sexo melhorassem a vida de transexuais.
Além disso, as evidências mostraram que a pessoa transexual, depois de passar por uma cirurgia de redesignação, “continua gravemente angustiada a ponto de cometer suicídio”.
Crianças = cobaias
Os tratamentos para crianças e adolescentes com menos de 18 anos com disforia sexual permanecem em grande parte experimentais. Há um grande número de perguntas não respondidas que incluem a idade de início, reversibilidade, eventos adversos, efeitos a longo prazo na saúde mental, qualidade de vida, densidade mineral óssea, osteoporose na vida adulta e cognição.
Assim, as descobertas negativas se acumulam e são levantados alarmes sobre a falta de provas em relação à eficácia e à segurança. Mas a administração de hormônios desnecessários e remoção partes do corpo saudáveis com cirurgias de mudança de sexo continuam acontecendo.
O Manual de Sexualidade e Psicologia da APA, mais uma vez, diz que pessoas trans não nascem assim, que a identificação entre sexos pode mudar, e que a maioria das crianças podem abandonar o desejo de mudar de sexo se tiverem uma boa interação social.