Como Xi Jinping quer destruir a religião e se tornar um deus
Campos de “reeducação religiosa”, controle das igrejas e modificação da Bíblia são alguns métodos utilizados pelo governo comunista.
Neste sábado (1º) a China colocou em vigor novas restrições para atividades religiosas, chamada de “Medidas de Controle para Grupos Religiosos”, o documento tem 41 novas regras que tratam de vários pontos, desde a a realização de rituais, até a a seleção de líderes e reuniões anuais, a contratação de funcionários e a administração de fundos.
Quem acompanha assuntos referentes à Igreja Perseguida sabe que a China está entre os países que mais perseguem os cristãos e outras crenças religiosas.
Liderados pelo Partido Comunista da China (PCC), há diversas ações políticas que foram adotadas a fim de colocar o partido e o presidente, Xi Jinping, como “deuses”, anulando a liberdade religiosa.
Enquanto igrejas cristãs são demolidas, muçulmanos são levados para campos de concentração para aprenderem a adorar ao PCC. Os mais pobres, que recebem ajuda financeira do governo, são obrigados a tirar símbolos religiosos de pontos de destaque de suas casas e colocar a foto do presidente.
Com as novas regras, fica proibido, por exemplo, organizar um estudo da Bíblia, e até mesmo a versão da Bíblia que for utilizada nas igrejas autorizadas tem que ser a versão aprovada pelo Partido que mistura as Santas Escrituras com citações de Confúcio e do presidente Xi Jinping.
Segundo o New York Post, as “Medidas de Controle” fazem parte da Nova Revolução Cultural de Xi Jinping, cujo objetivo é eliminar todos os grupos religiosos que o Partido Comunista não pode cooptar e controlar.
“Um grupo religioso não pode realizar nenhuma atividade”, alerta as novas regras, “sem registro no escritório de Assuntos Civis e aprovação do escritório de Assuntos Religiosos do governo do povo”.
As novas regras ordenam que todos os “grupos religiosos” “divulguem os princípios e políticas do Partido Comunista Chinês, juntamente com as leis e regulamentos nacionais, a todos os seus funcionários e seguidores religiosos” e “eduquem e orientem todos os funcionários e seguidores religiosos para abraçar a liderança do Partido Comunista Chinês, abraçar o sistema socialista, defender o caminho do ‘socialismo com características chinesas’. . . e manter a política geral de sinicização da religião”.
Igrejas que não são controladas pelo governo e até o Falun Gong são considerados grupos de cultos heréticos e seus líderes e membros são perseguidos e presos.
Outros grupos serão forçados a ingressar em organizações religiosas que já são controladas pelo Partido Comunista.