Humorista Danilo Neves faz paródia sobre progressismo nas igrejas: ‘Todes perfeitos’
O humorista cristão Danilo Neves usou a criatividade para ilustrar a influência do progressismo nas igrejas e gravou uma paródia da música Que Ele Cresça, de Deigma Marques. O vídeo acumula milhares de visualizações no Instagram.
Danilo Neves, que soma mais de 220 mil seguidores na rede social, usou toda a criatividade para ironizar a crescente influência da ideologia progressista sobre pastores e igrejas evangélicas de diferentes tradições teológicas.
“Minhas vontades eu quero viver; eu não sou tão dependente de você, D-EU-s; e então vem, mas pede para entrar… Vamos, todes, vamos!; E então vem, mas pede para entrar! Eu gostaria agora que todes vocês levantassem suas mãos, pois nós somos perfeitos! Nós merecemos o amor e a graça de Jesus! Vamos igreja! Que eu cresça…”, canta o humorista Danilo Neves.
A paródia faz referência à chamada “linguagem neutra” e também ao “antropocentrismo”, termo usado para descrever a ideologia por trás das mensagens da “teologia do coaching”, que são pregadas por pastores que pregam a exaltação do ser humano em detrimento da obra redentora de Jesus Cristo na cruz.
Antropocentrismo e coaching
Um dos expoentes dessa modalidade de pregação é Deive Leonardo, conhecido por suas pregações motivacionais sobre autoaceitação e consolo para adversidades. Há aproximadamente um ano, ele causou enorme polêmica ao dizer que “do coração de Jesus, você é o centro”.
O pastor e teólogo Yago Martins teceu críticas a uma mensagem de Deive Leonardo, dizendo que suas pregações “anestesiavam pessoas a caminho do inferno”, já que, em linhas gerais, o arrependimento era um tema omitido em suas palestras.
A centralidade humana é um tema presente também em músicas, como por exemplo a canção Raridade, de Anderson Freire, que enaltece o ser humano diante de Deus: “Você é um espelho que reflete a imagem do Senhor, não chore se o mundo ainda não chorou, já é o bastante Deus reconhecer o seu valor”.
Outra porta de entrada do progressismo no segmento evangélico é a “teologia inclusiva”, adotada recentemente pelo pastor Ricardo Gondim, que definiu a Igreja Betesda como “afirmativa e inclusiva” para LGBTs.
Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista de Água Branca (IBAB) é outro que atraiu holofotes e críticas para si próprio ao dizer que a Bíblia é “insuficiente”, e portanto, precisa ser “atualizada”, já que, em seu entendimento, não se pode condenar a homossexualidade a partir do texto de “dois ou três versículos”.
Contraponto
Bruna Karla, cantora pentecostal, afirmou em entrevista à atriz Karina Bacchi em dezembro de 2021 que não compactua com o progressismo e afirmou que jamais se apresentaria em “igrejas inclusivas”. A declaração repercutiu positivamente entre pastores conservadores da doutrina bíblica, mas levou a artista a um furacão de críticas por parte de ativistas LGBTs.
Em junho último, a cantora voltou a falar sobre o tema: “Este é o tempo em que a Igreja se coloca de pé. Este é o tempo em que a Igreja não depende do que estão falando aí fora. A Igreja depende do Deus vivo. Não abra mão de viver o Evangelho. Não abra mão de ser quem Deus te chamou para ser”, finalizou.