A força dos evangélicos nas eleições 2010
Os evangélicos cresceram em nosso país e, com o crescimento, mudam-se muitas vertentes de uma sociedade a exemplo da política.
Órgãos de pesquisas afirmaram que antes da terceira década deste milênio o Brasil terá uma grande expressividade de evangélicos. No entanto, ressalto que são evangélicos por opção religiosa, mas acima de tudo cidadãos brasileiros, exercendo as prerrogativas constitucionais de associar aos partidos políticos e concorrer às vagas para as Assembléias Legislativas, Câmara, Senado e ao Planalto.
A expectativa é que novas gerações percebam que há a necessidade da efetiva participação do segmento evangélico com propostas de trazer a este país melhores condições sociais, econômicas, culturais, educacionais e, dessa forma, problemas como fome e miséria serão debelados pela consciência individual de participação cidadã efetiva.
É com essa análise que em Sergipe, na eleição de 2010, a bancada federal ganhou dois deputados evangélicos: Laércio (PR) e Pr. Heleno (PRB). No caso da bancada estadual os evangélicos perdem uma cadeira; a do Pastor Mardoqueu (PRB). Pr. Antônio (PSC) permanece na Casa.
Pr. Heleno passou quatro anos fora da disputa e agora retorna ao mandato com mais de 60 mil votos. Assim, com 16.440 votos a mais que sua última disputa em 2002. Foi votado em todas as cidades de Sergipe. Em Aracaju estourou com 14.852 votos. Em Canindé, Poço Redondo, Estância, Boquim, Lagarto, Neópolis, Porto da Folha, São Domingos e Monte Alegre ele liderou a disputa pelo voto.
Ele teve apoio das maiores igrejas do estado como a Igreja Universal (IURD) da qual é pastor; da Assembleia de Deus, com aproximadamente 50 mil membros; da Quadrangular, e sem esquecer da Presbiteriana Renovada, que a cada ano vem se tornando uma potência religiosa no estado.
Em Lagarto o Pr. Heleno teve 1.305 votos ficando entre o 5º mais bem votado na cidade, um resultado aplausível para o Pr. Gilson (Igreja B. Betel) que coordenou a sua campanha na cidade. Laércio Olivieira com o apoio de diversos pastores e ex-vereador também obteve um excelente resultado na terra de Sílvo Romero, ficou em 3º com 2.024 votos superando um determinado candidato que foi apoiado por uma grande força política na cidade.
Para a disputa para Assembleia Legislativa estavam os pastores Daniel Fortes, Mardoqueu Bodano e Antônio dos Santos.
Para quem apostava que Daniel Fortes extraia os votos de Pastor Antônio percebeu que a coisa não é tão fácil assim. Antônio teve apoio das maiores igrejas em Sergipe e apenas a IURD não o apoiou. Porém, aposte que a Igreja Quadrangular ajudou e muito nesse processo para elegê-lo.
É fato que Daniel Fortes não chegou perto de tornar-se uma ameaça para Antônio, mas vale lembrar que Daniel teve apoio da Igreja Internacional da Graça. Sem esquecer que o pastor Moacir, da cidade de Maruim, mesmo sendo da Assembleia de Deus apoiou Daniel Fortes e lá o “baixinho” teve mais voto que Antônio. Moacir era Pastor em Estância, então resume que ele mudou-se de lá no tempo certo. Daniel Fortes também saiu na frente em Itaporanga d’Ajuda saiu com 189 votos na frente do Pr. Antônio.
Pastor Mardoqueu mesmo com 18.568 votos não conseguiu se reeleger. Numa coligação potente ele sabia do desafio: com 3.451 votos a mais que a eleição passada Mardoqueu ficou como suplente. Com a ideologia de não “comprar voto”, essa votação foi de um verdadeiro vencedor.
Mardoqueu defende a idéia que não foi reeleito por único motivo: a permissão de Deus.
Bom, acredito que o governo estadual entendeu que Mardoqueu não entrou por outros motivos e não porque perdeu voto. O governo deve entender que chegou a hora de ter um secretário de estado evangélico. Como dizem os twitteiros de plantão #ficaadica.
A corrida presidencial: Marina com força dos evangélicos empurrou Dilma e Serra para segundo turno. Com um minuto de propaganda de TV e rádio, Marina arrematou cerca de 20 milhões de votos em todo Brasil. Será que esses votos farão diferença na campanha de Dilma e Serra? Acho que a resposta já foi dada com a briga pelo apoio da ambientalista.
Agora é esperar em quem os evangélicos darão seus votos sem alienações. Dilma que defende o aborto? Ou Serra? O qual já normatizou o aborto em 1998, quando era ministro da Saúde.
*Com informação do Blog Gleice Queiroz
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