“É tudo culpa da crise”. Será?
Vamos correr para os montes ! Atualmente, se você liga a TV nos principais jornais fica com medo, acho que nem sai de casa. Estamos em crise! A moeda americana chegou num índice jamais visto. Segundo agências de risco, o Brasil está “meio barro, meio tijolo” em se tratando de investimento. Temos uma crise econômica, moral e política no governo brasileiro. E tudo isso devidamente midiatizado e espetacularizado pelos grandes veículos. Afinal, tudo isso vende jornal e dá ibope.
Não há como negar, “meu brother”. Temos uma crise econômica ativa. Os números e indicadores mostram claramente que as placas tectônicas de nosso Brasil sofrem algum tipo de falta de compasso. Mas que crise é essa? Qual a problemática do que está acontecendo? Como tudo isso impacta nossas vidas, nossas relações, nossos empreendimentos? Indagações importantes e que exigem muita reflexão.
Let’s Go! Para começar, crise de verdade mesmo foi a de 2008, onde o mundo passou sim pela maior crise desde a quebra da bolsa de Nova York, lá em 1929. Qual o tamanho da crise que passamos hoje? Rapaz… Siceramente, é difícil de quantificar… Tentar ler a crise que enfrentamos hoje, sair dando nossas impressões e cairmos em argumentos simplistas e rasos é uma armadilha muito fácil. Eu vejo muita gente falando sobre isso.
Tem algumas empresas demitindo pessoal, mas a Honda está com fila de espera de 4 meses para o novo HRV. Ao mesmo tempo que vendas do comércio caem, parece que o Magazine Luiza decidiu não entrar na crise esse ano. Crise no Brasil, mas os principais bancos anunciaram lucro recorde no primeiro trimestre desse ano. Como assim? Fica claro que a crise atinge apenas alguns setores da economia. Como é isso? Podemos ficar longe dessa crise? Certeza que sim.
Eu não gosto e vejo/ouço com frequência em momentos turbulentos como esse, pessoas usarem o discurso, levemente hipócrita, do “nossas vendas caíram, culpa da crise”, “nossa empresa faliu por causa da crise”, “vamos demitir e é tudo culpa do governo”. Evidencio de forma recorrente esse discurso, meio muleta, como justificativa da falta de eficácia e graves falhas de gestão. A crise não nasce de uma hora para outra, ela não brota do solo de forma repentina. Ela dá sinais. Cabe a nós captarmos esses indícios e nos prepararmos.
Vemos notícias de empresas fechando e blá blá blá. Agora, se liguem… Perguntem se houve alguma inovação? Sempre a mesma coisa, a mesma loja, os mesmos produtos, o mesmo modelo de negócio. E quer sobreviver eternamente assim? Como diria minha avó: “camarão que dorme, a onda leva”.
Opaaaaa! Organizações que adotam o discurso de fechar lojas, por um acaso, inovaram em quê, nos últimos tempos? Essas empresas que hoje lamentam, investiram em capacitação de suas equipes nos últimos tempos? Gestão de Pessoas? Qualidade no time? Recrutamento e Seleção? Não? Então pare com a choradeira.É pra já! Albert Einstein disse certa vez que insanidade mesmo é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. Esse discurso serve tanto para empresas como para pessoas físicas. Toda a sociedade.
A economia é algo que passa por etapas. Ela é cíclica. Depois da turbulência, as nuvens vão embora e vem um novo e lindo dia de sol. Alguns desses que choram e reclamam da crise, talvez tenham sido os que mais ganharam dinheiro nos últimos 2, 3, 5 ou 10 anos. Está tudo bem? Não! Porém nada está perdido. Nizan Guanaes já disse que enquanto uns choravam, ele vendia lençóis. Temos que ir para cima. Decidi não entrar ou sequer permanecer na crise.
Estou vendendo lençóis. e você ?!