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Magno Malta poderá ser titular do novo “Ministério da Família”

Magno Malta poderá ser titular do novo “Ministério da Família”
novembro 01
22:14 2018

Senador tem histórico na defesa de pautas conservadoras

Entre as muitas especulação sobre a formação dos ministérios no governo de Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, próximo ao presidente, garantiu que Magno Malta será ministro.

Ele disse à Folha de São Paulo que ouviu do mandatário eleito do país que Malta é uma peça importante em seu governo, descrito como “um cara vital e guerreiro”.

Desde a noite desta quarta-feira (31), o tema “Ministério da Família” – nome da pasta que reuniria Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e entregue à Malta – está entre os temas mais comentados no Twitter.

Celebrado como uma boa notícia por muitos, a provável nomeação do senador irritou o PSOL de Guilherme Boulos. Na conta oficial do partido, a postagem o acusa – mesmo antes de qualquer anúncio oficial – de promover a “destruição de políticas sociais. Enquanto não é confirmado como ministro, Magno Malta empenha-se no Congresso para ampliar a chamada Lei Antiterrorismo.

projeto que está prestes a ser votado abre a possibilidade de enquadrar como “atos de terrorismo” ações de movimentos como MST e MTST.

PSOL 50

@psol50

Bolsonaro quer fundir os Ministérios do Desenvolvimento Social e dos Direitos Humanos no Ministério da Família e dar para Magno Malta. Negado pelas urnas, o futuro ex-senador parece ter achado a sua boquinha na destruição de políticas sociais.

Quase vice

O senador Magno Malta (PR/ES) chegou a ser convidado em março deste ano pelo então pré-candidato Jair Bolsonaro para ser seu vice na chapa majoritária. Mas preferiu tentar a reeleição para o Senado. Na ocasião, afirmou: “Minha vida está na mão de Deus. Do meu futuro não sei. A única coisa que sei é que o presidente será Bolsonaro, eu de vice ou não.”

Ele estava certo e o apoio constante ao capitão ao longo dos últimos anos lhe rendeu o status de um de seus homens de confiança. Após Bolsonaro ser vítima de um atentado à faca, Malta chegou a interromper sua própria campanha para ficar ao lado do amigo no hospital.

Formado em teologia, o parlamentar foi muitas vezes chamado de “pastor” pela mídia. Após o anúncio oficial que o peselista estava eleito, ele conduziu junto com familiares e membros do ‘núcleo duro’ do novo presidente uma oração de agradecimento, que acabou sendo transmitida ao vivo em rede nacional pelas maiores emissoras de TV do país.

Nesta quinta-feira (1/11) foi anunciado como ministro do Desenvolvimento Social do futuro governo. Como as demais pastas, a sua terá um perfil diferente dos governos passados. As primeiras informações divulgadas dão conta que deverá absorver a secretaria especial de Direitos Humanos.

Histórico combativo

Tanto Malta quanto Bolsonaro têm história na defesa da família e dos valores conservadores no Congresso Nacional.

O parlamentar nasceu na Bahia, mas sua trajetória política foi toda no Espírito Santo. Foi vereador em Cachoeiro de Itapemerim, passando a deputado estadual e, 2004. Quatro anos depois, deputado federal e, em 2002, conquistou uma vaga no Senado.

Seu perfil sempre foi combativo. Ficou nacionalmente conhecido ao presidir a CPI da Pedofilia. Uma de suas principais bandeiras sempre foi a redução da maioridade penal e a prisão perpétua para pedófilos e narcotraficantes.

Na época do impeachment de Dilma Rousseff fez vídeos com discursos incisivos, confrontando o PT. Também foi ardente defensor de medidas mais duras no combate à corrupção.