Fé cristã e aproximação com Israel são defendidas por chanceler brasileiro
Declaração foi feita em aula magna para alunos do Instituto Rio Branco, que forma futuros diplomatas.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo defendeu, durante uma aula magna para alunos recém-chegados ao Instituto Rio Branco, instituição que forma futuros diplomatas, que a política externa do Brasil comece a ser marcada pela “fé cristã”.
O chefe do Itamaraty também disse que “o povo brasileiro, que tem valores conservadores e que não se sentia representado, hoje tende a se sentir um pouco mais representado pelo seu governo”.
Ao longo de sua exposição, o ministro fez reiteradas menções aos valores cristãos e chegou a dizer que a aproximação do Brasil com Israel inclui, além de interesses em tecnologias de segurança e defesa, uma influência simbólica da fé.
“Tem também um aspecto simbólico. Voltando à questão dos valores, Israel, para muitos brasileiros, por causa da questão da sua fé, é a Terra Santa, é uma associação, é onde está o Santo Sepulcro”, disse referindo-se ao local em Jerusalém onde o corpo de Jesus Cristo teria sido sepultado.
Ao responder sobre quais características considera importantes para a formulação da política externa nacional, o ministro de Bolsonaro destacou, mais uma vez, seus valores vinculados à crença.
“Acho que antes de mais nada, uma questão que tem a ver é a questão da fé cristã que eu acho que é algo determinante para vida de 80%, 90% dos brasileiros e que nunca encontrou, durante muito tempo, nunca encontrou nenhum espaço na vida política que cada vez mais está procurando esse espaço”.
Defensor de pautas conservadoras, o ministro vem expondo suas opiniões abertamente sem receio de críticas e defende que elas estarão na política externa brasileira.
Em recente entrevista questionou: “Quando me posiciono, por exemplo, contra a ideologia de gênero, contra o materialismo, contra o cerceamento da liberdade de pensar e falar, você me chama de maluco. Mas se isso não é o marxismo, com estes e outros de seus muitos desdobramentos, então qual é a ideologia que você quer extirpar da política externa”.