Judeus se reúnem no Monte do Templo no Dia de Jerusalém, apesar de protestos árabes
Pela primeira vez em 30 anos, judeus se reuniram no local mais sagrado para o judaísmo para celebrar o Dia de Jerusalém.
Enquanto os judeus celebravam a libertação de Jerusalém e a reunificação da cidade na Guerra dos Seis Dias de 1967, os árabes entraram em confronto com policiais israelenses em protesto contra o acesso dos judeus no Monte do Templo no último domingo (2).
De acordo com a Unidade de Porta-Voz da Polícia de Israel, os manifestantes árabes atiraram cadeiras, pedras e outros objetos contra os policiais. A equipe de segurança dispersou a multidão e os judeus puderam continuar caminhando pelo local sagrado em grupos.
O Monte do Templo é tipicamente restrito aos judeus durante o Ramadã. No entanto, uma exceção foi feita para o Dia de Jerusalém, que caiu durante o feriado islâmico este ano.
Esta foi a primeira vez em 30 anos que não-muçulmanos foram permitidos de entrar no Monte do Templo nos últimos dias do Ramadã.
O Dia de Jerusalém marca o 52º aniversário da libertação do Monte do Templo, do Muro das Lamentações e do lado oriental da cidade, assim como as regiões históricas da Judéia e Samaria.
Inicialmente, a polícia havia dito que o local sagrado seria fechado para não-muçulmanos, mas a decisão foi posteriormente retirada.
Depois da Guerra dos Seis Dias, Israel entrou em um acordo com o Waqf islâmico, no qual o Estado judeu manteria o controle de segurança do Monte do Templo, enquanto o Waqf manteria o controle religioso.
Com o acordo, os não-muçulmanos podem visitar o Monte do Templo, mas não podem orar lá. Os judeus são autorizados a entrar em horários limitados, mas são vigiados de perto e proibidos de qualquer exibição religiosa.
“Vimos que a polícia está fazendo o melhor possível para permitir que judeus de todo o mundo subam ao Monte do Templo e desfrutem da Cidade Velha com segurança e participem das comemorações”, disse Meir Eisenman, morador e guia turístico da Cidade Velha de Jerusalém.
“Nos últimos dois dias, vimos dezenas de milhares de judeus vindo para celebrar Jerusalém — talvez mais. Estamos ansiosos para que centenas de milhares de pessoas participem das comemorações e da dança na praça [do Muro Ocidental]”, acrescentou.