Pastor preso por criticar palestra LGBT para crianças recebe o apoio de advogados
O pastor Afhsin Yaghtin, de 47 anos, que dirige a Igreja Batista do Novo Pacto, em Spokane, Washington, nos Estados Unidos, está recebendo o apoio de um grupo de advogados, após ele ter sido preso por criticar uma palestra LGBT feita para crianças.
O pastor esteve do lado de fora do evento “Drag Queen Story Hour” (“Hora da História com a Drag Queen”), realizado em uma biblioteca pública. Na ocasião, ele foi impedido por policiais de acessar o local do evento e questionou o motivo, já que o espaço era público.
Ao questionar, os policiais acusaram o pastor Yaghtin de “obstrução” do local e em seguida o levaram preso. O caso chamou atenção dos advogados do Instituto de Justiça do Pacífico, que resolveram agir em defesa do pastor.
“Estamos vigorosamente contestando as acusações e continuaremos buscando justiça o quanto for preciso”, disse Brad Dacus, o presidente da organização.
Jorge Ramos, que lidera o escritório dos advogados no estado de Washington, observou que o caso do pastor Yaghtin é um exemplo de como há uma espécie de ditadura da opinião sendo implantada aos poucos em seu país.
“Estamos em uma encruzilhada em nossa nação, onde a sobrevivência das liberdades fundamentais consagradas na Primeira Emenda está em jogo”, disse ele.
“Como sociedade, não podemos permitir que os pastores sejam presos por participarem de um evento público no qual eles são considerados como não apoiadores de uma ideologia particular”, acrescentou.
Aumento da perseguição
Brad Dacu chamou atenção para o aumento de casos semelhantes, onde líderes religiosos estão sendo impedidos ou, no mínimo, intimidados por pregarem sermões contrários às ideologias de grupos como o LGBT.
“O número de acusações criminais apresentadas contra pastores e evangelistas em todo o país nos últimos anos deve ser algo alarmante para todos os americanos amantes da liberdade”, disse ele, segundo o portal WND.
O advogado ressalta que a verdadeira liberdade de expressão consiste em saber lidar com posições diferentes, tolerando a visão oposta, mesmo que ela pareça ofensiva em determinado grau, já que há interpretações diferentes sobre um mesmo conteúdo.
“Essa prisão em Spokane é um dos exemplos mais claros de discriminação de ponto de vista”, disse ele. “Devemos ser capazes de discordar pacificamente e expressar nossas preocupações em locais públicos sem medo de prisão e acusação com base em um ponto de vista”.