Só 3% dos missionários atuam entre grupos ‘não alcançados’, aponta relatório
A maioria dos não alcançados estão em locais de difícil acesso ou onde há perseguição religiosa.
Quase todos os brasileiros já tiveram contato com o Evangelho, em um País onde 86% se identificam como cristãos. Mas em muitas partes do mundo, há pessoas que nunca foram à igreja, leram a Bíblia ou até mesmo ouviram falar de Jesus.
Os grupos de pessoas considerados “menos alcançados” somam mais de 3 bilhões, segundo a organização Joshua Project, que atua no alcance maior do evangelismo global.
Dentre os 3 bilhões, cerca de 7.000 grupos de pessoas são categorizados como “não alcançados”, o que significa que menos de 2% se identificam como evangélicos e menos de 5% se identificam como cristãos.
Muitos pesquisadores de missões descrevem um grupo de pessoas não alcançadas usando uma porcentagem — são “não alcançados” se houver menos de 2% de evangélicos entre eles.
Isso pode compreender quase 42% da população mundial, segundo o East-West, um ministério de evangelismo global.
Por que ainda há pessoas não alcançadas?
Vários fatores estão por trás do motivo pelo qual esses grupos não foram alcançados pelo Evangelho, entre eles, as barreiras físicas, políticas e culturais.
Muitos desses grupos de pessoas vivem em locais de difícil acesso para os evangelistas, especialmente na Ásia, Oriente Médio e norte da África.
Além das barreiras físicas, os missionários enfrentam dificuldades culturais e políticas — incluindo a perseguição religiosa em nações hostis. A maioria dos grupos não alcançados vivem em países dominados pelo Islamismo e Hinduísmo, ou culturas que condenam a conversão ao cristianismo.
Isso explica um dos principais desafios do campo missionário: dos 400.000 missionários enviados em todo o mundo, apenas 3,3% estão focados nos povos não alcançados, de acordo com dados da The Traveling Team, citados pela East-West.
Vencendo as barreiras do campo missionário
John Maisel, fundador da East-West, acredita que o Reino de Deus avança quando cristãos assume, riscos pelo Evangelho. “O maior deleite de Deus é quando Seus filhos escolhem, pela fé, sair da segurança do barco para encontrá-Lo e seguir Sua liderança”, escreveu no site da missão.
E destacou: “Me mostre um cristão sem paixão por aqueles ao seu redor que estão fora de Cristo, e eu te mostro um cristão sem visão que está na zona de conforto”.
No início deste ano, o pastor americano David Platt também chamou a atenção para a necessidade de preparar missionários, ao citar os mais de 3 bilhões de “não alcançados” em todo o mundo.
“As pessoas estão tão perdidas em Kentucky (EUA) e nos lugares onde a maioria de nós mora quanto no Iêmen”, disse Platt. “A diferença é que existem igrejas em Kentucky e em todos os lugares onde a maioria de nós vive. Igrejas que pregam o Evangelho”.