Jovem Interativo

JOVEM INTERATIVO – Rompendo Limites pela Fé!

Câmara aprova projeto de lei que proíbe “qualquer alteração” nos textos da Bíblia

Câmara aprova projeto de lei que proíbe “qualquer alteração” nos textos da Bíblia
maio 06
10:06 2022

A Câmara dos Deputados aprovou por 358 votos a favor e 32 contra, na última quarta-feira (04), o projeto de lei (PL) 4.606 de 2019, que ainda promete render debates. Isso, porque, o texto prevê a proibição de “qualquer alteração” nos textos da Bíblia Sagrada, o que compreende o Antigo e o Novo Testamentos.

“Fica vedada qualquer alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento em seus capítulos ou versículos, sendo garantida a pregação do seu conteúdo em todo território nacional”, diz a proposta.

O PL é de autoria do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), que falou na tribuna da Câmara em sua defesa. O parlamentar argumentou que a Bíblia é um livro sagrado utilizado por diferentes matrizes religiosas, motivo pelo qual deve ter uma lei que proteja a integridade do seu conteúdo.

A intenção do parlamentar é proibir que palavras ou determinados trechos da Bíblia sejam alterados por interesses diversos, a exemplo da “Queen James Bible” (Bíblia Rainha James), lançada por ativistas LGBTs, cujo texto suprime as referências que condenam a prática homossexual.

 Outro exemplo a ser evitado é o da bíblia feminista “in gerechter Sprache, lançada na Alemanha anos atrás, cujo texto traz a figura de Deus como “A Eterna”, substituindo os pronomes masculinos pelos femininos.

Ponderações

Por outro lado, críticos do projeto de lei do pastor Isidório alegam que o PL pode prejudicar o livre exercício da liberdade religiosa no país. A a líder do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na Câmara,  por exemplo, deputada Sâmia Bomfim (SP), se posicionou contra a proposta.

“Não compete ao Parlamento interferir sobre os objetos de cunho religioso e sagrado. O que seria o texto original da bíblia se existem várias religiões dentro do próprio cristianismo?”, questionou a parlamentar.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) também questionou, segundo o Poder360: “O texto em diversas vezes já foi alterado, em diversas línguas e diversas versões, é o Parlamento que vai decidir qual é o texto correto?”.

 O deputado Isidório, contudo, discorda das críticas, argumentando na justificativa do projeto de lei que alterações de conteúdo no texto bíblico significam “intolerância religiosa” e um desrespeito ao cristianismo.

“Nós Cristãos, mais de 89% dos brasileiros segundo o IBGE, consideramos a Bíblia a Palavra de DEUS na Terra. O que torna qualquer alteração na redação deste Livro um ato mais que absurdo, flagrantemente uma INTOLERÂNCIA RELIGIOSA e porque não dizer uma grande ofensa para a maioria dos brasileiros, independente da sua religião”, afirma o pastor.