Ricardo Gondim transforma Igreja Betesda em comunidade inclusiva a LGBTs
Em sua conta oficial no Instagram, a Igreja Betesda, dirigida pelo pastor Ricardo Gondim, anunciou que se encaixa no conceito da “teologia inclusiva” para se opor à doutrina bíblica conservadora que reprova a prática homossexual.
Um vídeo gravado durante uma reunião da Igreja Betesda mostra Gondim declarando aos homossexuais presentes que a congregação passaria a abrir espaços para sua atuação e que os membros não manifestariam nenhuma hostilidade a eles:
“Eu quero dizer para vocês, hoje, que estão aqui, que nós da Betesda somos uma igreja afirmativa, inclusiva. Mas, claro, nós entendemos que há muito ainda a se percorrer nesse caminho. Então, nós estamos preparando como igreja, para crescer nessa dimensão, fóruns, nós teremos grupos de acolhimento”, introduz o líder da congregação.
Gondim, que por diversas vezes se declarou rompido com o movimento evangélico brasileiro, é conhecido por sua visão ideológica à esquerda e também por sua militância política contra o conservadorismo nas redes sociais.
O pastor que iniciou seu ministério ligado à Assembleia de Deus, vem ao longo dos anos indicando seu afastamento dos conceitos e valores cristãos tradicionais. Em julho de 2020, Gondim declarou que “não existe doutrina vinda do céu”.
Mais recentemente, afirmou que os textos em Levíticos e Romanos não significam a “proibição do amor entre pessoas do mesmo sexo” e acrescentou sua opinião: “Homossexualidade não é pecado”.
“Eu quero dizer a você, que está aqui conosco, que por algum motivo foi excluída da igreja por causa de sua identidade sexual, aqui na Betesda você está num lugar seguro, que ninguém vai rir de você, que ninguém vai usar de nenhum tipo de preconceito nesta comunidade”, acrescentou Gondim.
Na legenda do vídeo publicado pela própria Betesda, a doutrina bíblica sobre a sexualidade é tratada como “diabólica” e “opressora”, ecoando os mesmos princípios que os chamados “cristãos progressistas” abraçam e defendem:
“Historicamente a igreja hegemônica obriga as pessoas LGBTIA+ a fazerem uma escolha: para pertencerem a uma comunidade cristã, precisam anular a sua identidade e sexualidade. Em algumas dessas igrejas, elas até podem até assumir publicamente sua orientação sexual, mas sua pertença ao grupo será restrita ou anulada. ‘Você pode ser gay, só não pode praticar’”, introduz o texto.
Segundo a Betesda, “exigir essa escolha de alguém é diabólico, pois o pertencimento, a identidade, o afeto e os relacionamentos são direitos de todas as pessoas que foram criados a imagem e semelhança de Deus”.
“Na Igreja Betesda de São Paulo, seguimos o Caminho Aberto por Jesus e nos comprometemos a amar sem medidas. Lutamos contra todas as formas de opressão por que essa é a nossa vocação como igreja”, conclui o texto publicado pela congregação e assinado por Walter Pinheiro.