Rússia pede fechamento da Agência Judaica no país e aliá de judeus russos é ameaçada
A repressão acontece quando Yair Lapid, que criticou a invasão russa na Ucrânia, se tornou primeiro-ministro de Israel.
O Ministério da Justiça da Rússia pediu o fechamento da Agência Judaica no país. A decisão pode impedir que judeus russos façam a migração para Israel.
“A Agência apelou para estender o tempo que tem para salvar suas operações na Rússia”, afirmou uma fonte próxima à Agência Judaica, em entrevista ao The Jerusalem Post.
E ressaltou: “A questão não é legal, mas sim política, e a decisão só mudará se a liderança política e diplomática israelense agir em conjunto”.
A repressão aos escritórios da organização israelense em Moscou acontece quando Yair Lapid, que criticou publicamente a invasão russa na Ucrânia, se tornou primeiro-ministro de Israel.
Uma delegação, dos ministérios das Relações Exteriores, Justiça e Aliá e Integração e do Gabinete do Primeiro Ministro, irá à Rússia para tentar garantir que a Agência Judaica continue suas operações no país.
“A comunidade judaica na Rússia está profundamente ligada a Israel e sua importância aumenta em qualquer conversa política com a liderança russa. Continuaremos trabalhando por meio de canais diplomáticos para que as importantes atividades da Agência Judaica não pare”, declarou Yair Lapid.
Direito à Aliá
Políticos israelenses expressaram sua indignação com a decisão do governo russo.
“Os judeus russos não serão reféns da guerra na Ucrânia”, ressaltou o ministro de Assuntos da Diáspora, Nachman Shai.
“A tentativa de punir a Agência Judaica pela posição de Israel na guerra é patética e insultante. Os judeus da Rússia não serão separados da conexão histórica e emocional com o Estado de Israel.”
A ministra da Aliyah e Integração, Pnina Tamano-Shata, lembrou que a imigração para Israel é um direito básico de todo judeu no mundo.
“As atividades da Agência Judaica acontecem em toda a Europa e no resto dos continentes, bem como na Rússia, em plena coordenação com as autoridades locais. Diplomatas israelenses fizeram esforços para esclarecer a questão e regular as atividades em coordenação”, afirmou.
Segundo o The Jerusalem Post, uma audiência para discutir o assunto acontecerá na próxima semana.